Wednesday, September 20, 2006

Dia 14


Dia da ressaca na Queen Margaret... cada cara amassada às 10h da manhã, horário que tínhamos que comparecer a uma reunião... tava muito engraçado de ver todo mundo com garrafinha d'água na mão... hehehehe. Enfim, a tal reunião era pra finalmente nos entregarem nossos horários - particularmente caótico, parece a UFRGS! Vejam só: tenho aulas às segundas, das 14h15 às 18h15; terças, das 9h15 às 11h15 e depois das 14h15 às 17h15; às quartas não tenho aula; às quintas, das 13h15 às 16h15 e sextas, das 10h15 às 12h15 e depois das 13h15 às 15h15. Credo... quero ver eu decorar isso...
Além do horário louco, nos entregaram um livreto que tem um monte de informações sobre a universidade e o curso, como datas, regras, etc. Aí, veio a parte interessante: fomos novamente divididos em grupos e eu descobri que eu tinha que estar no grupo da prof. Ksenjia, e não no da prof. Lizzie... fui lá eu buscar minha pasta com a Lizzie pra entregar pra Ksenjia, que é minha tutora acadêmica. Funciona assim: nós somos 45 na turma, fomos divididos em 4 grupos, cada um sob a responsabilidade de um tutor. Esse tutor tem que encontrar a gente individualmente pelo menos uma vez ao semestre, pra saber da nossa vida acadêmica, como tá indo, o que a gente já fez e o que pretende fazer no futuro. Ele também vai ser com quem a gente vai falar caso precise de conselhos ou de qualquer tipo de ajuda dentro da universidade. Então, como eu dizia, minha tutora é a professora Ksenjia Horvat (eu adorei esse nome!). Naquele dia, reunimo-nos em grupos com nossos tutores pra receber um papel chamado MODEST Form. MODEST é uma sigla, mas ninguém sabe o que significa. Essa tal coisa aí é nossa ficha de avaliação; ali tem todo tipo de avaliação que vamos fazer, em todas as cadeiras, com data e detalhes explicando que tipo de avaliação que é. Cada vez que entregamos uma avaliação, nós assinamos e o professor que recebeu assina também, garantindo, assim, que o trabalho foi entregue. Ah, a gente tem que entregar os trabalhos impressos, mas também mandar uma cópia eletrônica pro professor, pra assegurar que o cachorro não vá comer, ou o gato não vá fazer xixi em cima... Outro detalhe: no meu curso, não tem provas. Toda a avaliação é feita por meio de artigos e ensaios sobre textos ou performances e também por meio de trabalhos práticos em oficinas.
Bom, depois de ouvir todos os detalhes sobre as formas de avaliação, a tutora nos entregou uma fichinha pra preencher, tipo uma auto-avaliação... tínhamos que escrever ali nossos pontos fortes e fracos considerando vida acadêmica. Aí, ela nos chamou, um por um, pra conversar a respeito e desenvolver um plano de ação pra manter os pontos fortes e suprimir as dificuldades. Achei bem legal isso. Escrevi que meus pontos fortes são justamente escrever artigos e pesquisar; escrevi também que não tenho problema com exposições orais. Nas dificuldades, coloquei que não me sinto à vontade com o trabalho corporal que o teatro exige. Quando ela me chamou e leu minha ficha, comentou que é bom que eu goste de escrever, porque vou ter oportunidade de escrever bastante, e quanto à fisicalidade do teatro, ela falou que não temos tanto trabalho corporal no nosso curso quanto o curso de atuação, mas temos algum. Ksenjia disse que eu fale com o professor cada vez que eu não quiser fazer algum exercício corporal por não me sentir à vontade, mas recomendou que, no devido tempo, eu me inscreva em oficinas de trabalho corporal pra aprender a me soltar mais. Mas sempre respeitando o meu tempo. Achei bem legal, bem interessante essa conversa inicial.
Depois de falar com a professora, fiquei conversando um pouco com a Pamela, minha colega, e descobri que tenho um colega português, cruza de um inglês com uma espanhola(!). O nome dele é James, ele é de Cascais e a gente conversou um pouco em português... mas eu entendo mais o inglês dos escoceses que o português de Portugal! hehehehehe...
E foi isso o meu dia...

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