Thursday, September 28, 2006

Dia 21


Acordei perto das 11 horas, comi e fui pra faculdade. Cheguei lá um pouco mais cedo do que deveria - a aula seria às 13h15 - porque queria depositar uns pilas no banco, pra pagar o aluguel. Fui à agência do Royal Bank of Scotland que tem dentro do campus, fiz o depósito e já recebi meu cartão de saque, que eu não vou usar enquanto não arrumar um emprego... Depois do banco, sentei nas cadeirinhas do corredor em frente ao teatro e fiquei escutando música. Passou por ali a Linda, a guria de Hong Kong que eu conheci no dia do tour pros estudantes internacionais. Ela sentou e conversamos um pouco, depois meus colegas começaram a chegar e ela foi embora. Quando eram 13h10, entramos no teatro, sentamos e esperamos. E esperamos, esperamos... eram 13h40 e não tinha aparecido professor! Resolvemos assinar nossos nomes e número de matrícula numa folha e pregar no quadro de avisos, dizendo que esperamos 30 minutos e não apareceu ninguém. Mas enquanto estávamos fazendo a lista, um dos guris, o Ross - que por sinal, eu não tinha notado que existia até então - foi até a sala dos professores pra ver o que tinha acontecido. Ele voltou de lá com a notícia de que o horário da aula estava errado nas nossas tabelas, o certo era 14h15... e ninguém tinha notado antes pra nos avisar. De fato, organização não é o forte do meu curso... Bom, já que tínhamos esperado até então, não custava esperar mais um pouco... claro que alguns deram no pé. Ficamos um grupo não muito grande, esperando até as 14h15. Quando a professora, a Lizzie, chegou, explicamos pra ela o que tinha acontecido e que, em virtude de acharmos que a aula terminava às 16h15, muitos tinham compromisso pra depois desse horário. Ela pediu mil desculpas e disse que terminaria a aula às 16h15 aquele dia, excepcionalmente (o horário certo de acabar é às 17h15). E, seguindo o já conhecido procedimento de primeira aula, ela fez a chamada (aliás, foi a primeira a fazer isso), conferindo se lembrava de todos os nomes e rostos - e eu descobri que, por ser diferente, todo mundo lembra do meu nome... hehehehehe. Depois da chamada, a Lizzie nos entregou o cronograma e a lista de leituras. A cadeira que ela dá chama Drama on Stage e é quase totalmente prática. É teatro físico. Nesse semestre, vamos explorar o espaço e a consciência corporal nas primeiras seis semanas, trabalhando com improvisação. E, acreditem, existe muitas teoria por trás do improviso; temos uma extensa lista de leituras teóricas que vão servir como base pra entregar o primeiro artigo do curso, um ensaio sobre improvisação baseado nas nossas impressões em aula e nas leituras. Esse ensaio vale 50% da nota... e tudo conta ponto, até a vírgula mal (ou bem) colocada. Os outros 50% da nota vêm de uma improvisação que teremos que fazer na última semana de aula antes do Natal, quando teremos que usar um personagem que vamos ter desenvolvido gradualmente, a partir da sétima semana de aula. Essa improvisação é feita em pequenos grupos e é avaliada por uma banca. Bom, depois de explicado o terror da avaliação, pra descontrair e já trabalhar com a fisicalidade, fizemos vários jogos. Foi uma tarde bem legal, cansativa, mas relaxante. Por isso que teatro é legal, é tudo uma grande brincadeira!
Voltei pra casa de ônibus porque as pernas tavam muito doloridas...

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